O sábado na Bekaa harmonizando vinhos e embutidos (13/01/18)

13 de Janeiro de 2018    Leonardo    Vinhos

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Sérgio Musolino comandou a degustação do tradicional sábado na Bekaa, apresentando uma harmonização de vinhos e embutidos. Os vinhos degustados, vendidos a preços especiais, com descontos de até 50%, para os participantes do evento. Vamos aos vinhos.

Glen Carlou Vineyards, localizada no Paarl Valley, Africa do Sul, foi criada em 1985 e desde 2003 pertence ao Grupo Hess, que possui o Artezime no Napa, Sequana no Russian River (Califórnia), Bodega Colomé, na Argentina e a maior parte de Peter Lehmann Wines, na Austrália. Na vinícola, além da produção de vinhos que tem sido destaques pela qualidade, existe uma das maiores Coleções Privadas de Arte Contemporânea do Mundo, oferecendo aos visitantes uma oportunidade de visitações e degustações, com destaque para o serviço oferecido pelo enólogo David Finlayson .

Glen Carlou Tortoise Hill White 2011- elaborado com 50% Chenin Blanc e 50% Chardonnay, com amadurecimento de 3 meses com as lias em cubas de aço inox. Teor Alcoólico de 13%. A coloração é de um amarelo palha com tons esverdeados e muito brilhante. Os aromas mostram frutas cítricas, frutas tropicais e melão. Na boca repete o frutado do olfato, com uma ótima acidez, que lhe confere agradável frescor, que permanece no bom final. Avaliação: 87/100 Pontos. Observação: O nome lembra uma estrutura rochosa em forma detartaruga, que existe no local.

A Tetramythos é fruto da iniciativa dos irmãos Aristos e Stathis Spanos, provenientes de uma família de viticultures das montanhas de Aegialia, em conjunto com o enólogo Panayiotis Papagiannopoulos, também natural dessa região. Em 1999 eles se conheceram e fizeram seus primeiros vinhos, em seguida investiram em novos vinhedos e na vinícola que ficou pronta e opera desde de 2004. A região de Aegialia é reconhecida há muito tempo por suas boas condições para plantio de uvas destinadas à produção de vinhos, conforme dito por Pausanias geógrafo e viajante grego da antiguidade. Os vinhedos da Tetramythos, localizados nessa região, estão situados entre 450 e 1000 metros de altitude e são cultivados de forma orgânica. As uvas plantadas são: Roditis, Malagousia, Sauvignon Blanc, Agiorgitiko, Black of Kalavryta, Merlot e Cabernet Sauvignon, recebendo a denominação de Vinho de Qualidade Produzido na Região Determinada de Patras (V.Q.P.R.D. de Patras).

Tetramythos Roditis 2015 -  elaborado com 100% Roditis, de  videiras não-irrigadas com idade entre 19 e 35 anos. Utiliza-se leveduras selvagens para 80% do vinho com rápido amadurecimento em inox. Teor Alcoólico de 12%. A coloração é de um amarelo limão, com muito brilho. Os aromas mostram tangerina, limão, maçã verde,  flores de cítricos e toques minerais. Na boca apresenta um corpo médio, acidez viva, repetindo as sensações do olfato. Agradável final com o cítrico se mostrando. Avaliação: 89/100 Pontos. Preço: R$ 72,00.

A José Maria da Fonseca (JMF) tem mais de 180 anos. Com 650 hectares de vinhas, distribuídos entre a Península de Setúbal, Alentejo e o Douro, e um moderno centro de vinificação com uma capacidade de 6,5 milhões de litros, a JMF é uma das empresas de referência em Portugal. A José Maria da Fonseca exerce a atividade vinícola desde 1834, fruto da paixão partilhada de uma família que tem sabido preservar e projetar a memória e o prestígio do seu fundador. Consciente da responsabilidade der ser, na atualidade, o mais antigo produtor de vinho de mesa e de Moscatel de Setúbal em Portugal, a José Maria da Fonseca obedece a uma filosofia de permanente desenvolvimento, o que a leva a investir sempre mais em suportes de investigação e de produção, aliando as mais modernas técnicas ao saber tradicional.

José Maria da Fonseca José de Sousa 2015 – elaborado com 48% Grand Noir, 32% Trincadeira e 20% Aragonês, de vinhedos em Reguengos de Monsaraz, Évora, Alentejo. Parte dos sólidos e do mosto são transferidos para talhas de barro e o restante para lagares de maior dimensão. Amadurecimento de 9 meses em barricas francesas  e americanas. Teor Alcoólico de 14%. A coloração é de um rubi intenso, com muito brilho. Os aromas mostram frutas negras, especiarias, baunilha e leve toque de tabaco. Na  boca apresenta um bom corpo, repetindo as sensações do olfato, com taninos suaves e acidez pontual bem integrada. Bom final com a baunilha se mostrando. Avaliação: 89/100 Pontos. Preço: R$ R$ 69,00.

François Labet, dono do Château La Tour na Borgonha, produz duas cuvées maravilhosas do Clos de Vougeot. Seu conhecimento de Pinot Noir e seu amor pela Córsega levou-o a criar sua própria propriedade nessa Ilha da Beleza. François Labet é um dos pioneiros da viticultura orgânica na Borgonha. A história de fundo é que Labet tem uma casa de férias na Córsega e ao longo dos anos ele se apaixonou pelo terroir rochoso e de alta altitude da região. Ele também reconheceu que havia uma possibilidade de que Pinot Noir pudesse ser produzida em alguns dos locais mais elevados da ilha. Então, quando surgiu a oportunidade de trabalhar com um vigneron local e amigo para produzir um Pinot corsa, ele não hesitou.

François Labet Pinot Noir 2014 – elaborado com 100% Pinot Noir, vinhas com mais de 40 anos de idade (daqui a Vieilles Vignes) nas proximidades e ao redor de Chorey lès Beaune,  com amadurecimento de 12 meses em barricas francesas de 2° uso. Sem filtração. Teor Alcoólico de 12.5%. A coloração é de um rubi intenso e luminoso. Os aromas mostram cereja, morango, framboesa, toques  herbáceos e florais. Na boca apresenta um corpo médio, taninos macios, álcool e acidez integrados e repetindo o frutado do olfato. Bom final com o frutado se mostrando. Avaliação: 89/100 Pontos. Preço: R$165,00.

Perbacco - Osvaldir Castro

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